No dia 25 de abril, foi instituída oficialmente a Câmara Setorial dos Fabricantes de Descartáveis Plásticos, em nome provisório. A primeira reunião do grupo foi promovida pela Associação Brasileira da Indústria do Plástico (ABIPLAST) em seu estande na FEIPLASTIC – Feira Internacional do Plástico, que aconteceu em São Paulo.

“O setor entendeu que a ABIPLAST é a casa ideal para sediar essa câmara, porque representa todos os segmentos do setor plástico, da transformação à reciclagem, e é importante ter esse canal de comunicação com os outros setores”, afirmou o diretor executivo do Sindicato das Indústrias dos Descartáveis Plásticos do Estado de Santa Catarina (Sindesc), Elias Caetano.

Mesmo antes da criação da câmara, o setor de descartáveis já tem se mobilizado em iniciativas positivas. Como exemplo, o presidente do Instituto SustenPlást, Alfredo Schmitt, divulgou o programa Copinho Legal. Nos mesmos moldes do Tampinha Legal e do Canudinho Legal, a nova iniciativa “visa dar uma ideia geral de como as empresas de descartáveis estão contribuindo para o meio ambiente e para a economia circular; e informar para a sociedade que o setor é do bem, que trabalha a logística reversa”. Schmitt disse que o programa teve seu pré-lançamento na FEIPLASTIC, com a disposição de coletores de copinhos pela feira, e deve ter início efetivo no Rio Grande do Sul, onde o instituto cuidará da coleta e da prensagem dos copos plásticos.

Na reunião, foram discutidos ainda os projetos de lei que envolvem descartáveis. Hoje, dentre os 359 projetos que a ABIPLAST acompanha – no Brasil, em 15 estados e no município de São Paulo –, 101 tratam de restrição e banimento de produtos plásticos, tendo quase 70% sido apresentados em 2018 ou neste ano.

A nova câmara setorial junta-se a outras dez já existentes na ABIPLAST: de baldes industriais, embalagens sopradas, componentes automotivos, filmes, utilidades domésticas, tampas, pallets, recicladores, pré-formas de PET e polietileno expandido. O objetivo dessas câmaras é reunir as empresas fabricantes que atuam em um mesmo segmento econômico para discutir e buscar soluções para os problemas comuns que afetam o setor. As regras de funcionamento, incluindo as de compliance, foram detalhadas para o grupo.