Indústria do plástico teme perda de competitividade

    19/01/2015

    José Ricardo Roriz Coelho,presidente da ABIPLAST
    José Ricardo Roriz Coelho,presidente da ABIPLAST

    O aumento do preço da energia previsto para este ano deve diminuir ainda mais a competitividade da indústria brasileira do plástico.

    A preocupação é do presidente da Abiplast (associação do setor), José Ricardo Roriz Coelho: “Enquanto lá fora a energia cai, aqui sobe. Nossos concorrentes terão acesso a energia, mão de obra e matéria-prima mais baratos do que nós”.

    A indústria registrou queda de 2,7% na produção e de 6,45% no faturamento em 2014, de acordo com estimativa da entidade.

    Diante desse cenário, o executivo afirma que o setor poderá ampliar suas demissões em 2015. No ano passado, 3.000 vagas foram fechadas -a indústria emprega cerca de 353 mil pessoas.

    “Em um primeiro estágio de crise, as empresas dispensam o mínimo possível, porque não querem perder o pessoal treinado. No segundo estágio, os desligamentos tendem a ser mais numerosos.”

    Coelho afirma também que as empresas de transformação de plástico ainda não sentiram a queda do preço do petróleo (com o qual é produzida a nafta, que, por sua vez, é utilizada na fabricação de resinas plásticas).

    “No Brasil, praticamente só existe uma fornecedora [a Braskem] de matéria-prima [resinas plásticas, como polietileno e polipropileno]. É difícil a negociação [de preços] chegar a nós.”

    A Braskem afirmou, por meio de nota, que, desde dezembro, os preços das resinas no mercado brasileiro são ajustados seguindo a tendência internacional.

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    Acrescentou que o alinhamento de preços na cadeia “varia ao longo do tempo, a depender do volume de estoques, equilíbrio de oferta e demanda por produto e por região, oscilações das taxas de câmbio, entre outros fatores”.

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