Materiais plásticos aplicados na apicultura

    28/09/2015

    A criação de abelhas é uma atividade que vem crescendo mundialmente, e por isso o setor agrícola vem desenvolvendo esforços de organização e aprimoramento técnico. Pensando assim, os australianos Stuart e Cedar Anderson desenvolveram o Honey Flow, uma estrutura plástica em formato de colmeia que permite que os apicultores colham mel sem a necessidade de abrir o conjunto, evitando provocar estresse ou lesão nas abelhas.

    As colmeias são formadas por duas estruturas principais: a externa, feita de madeira (figura 1) que é uma espécie de “casa”, e a interna constituída de plástico (figura 1 a). Estes quadros consistem num sistema de células moldadas por injeção de Polipropileno (PP) e, quando montadas umas nas outras, formam a estrutura de vários núcleos hexagonais (figura 2) . As abelhas, por sua vez, constroem o restante da estrutura com cera, em seguida as preenchem com mel e, por fim, selam a célula.

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    Figura 1

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    Figura 1a

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    Figura 2

    Por meio de um visor transparente, feito de copoliéster e posicionado na lateral da estrutura de madeira, é possível observar o preenchimento dos favos de mel da placa e ter acesso aos canais do quadro. Quando a placa está totalmente preenchida o apicultor conecta um tubo (figura 3), também de copoliéster, em sua base e uma haste de metal (figura 4) no topo. A ação desta haste desloca as folhas da estrutura (figura 5), dividindo as células e criando canais verticais para que o mel escorra. As abelhas permanecem em repouso sobre a superfície do pente e não se machucam porque não há espaço suficiente para elas entre as paredes do pente.

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    Figura 3

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    Figura 4

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    Figura 5

    O projeto da estrutura direciona o fluxo do mel para baixo, chegando ao tubo que verte por gravidade o líquido viscoso no recipiente desejado (figura 6). São retirados em média 3 Kg de cada quadro e até 20 Kg por colmeia, o que levou os desenvolvedores a adotarem o slogan “é literalmente mel na torneira”. Uma vez que a extração foi realizada, a torneira é fechada, as células são colocadas de volta na posição original e as abelhas podem continuar seu trabalho.

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    Figura 6

     O Honey Flow traz ainda benefícios como reduzir o índice de picadas, eliminar o uso de fumaça para entorpecer as abelhas durante a extração do mel, o transporte de caixas pesadas, a retirada dos quadros e a morte de abelhas durante o processo de corte da cera do quadro com faca aquecida. Geralmente não há necessidade de limpar os quadros do novo sistema e qualquer sobra de mel ou cera é consumida e redistribuída pelas abelhas operárias. Se os quadros forem retirados para efeito de controle de doença ou erradicação de pragas, eles podem ser limpos com água morna ou esterilizados. A empresa produz todos os componentes do Honey Flow na Austrália e exporta para todos os países.

    http://www.honeyflow.com/

     

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