23/05/2025
ABIPLAST destaca a liderança da indústria do plástico na economia brasileira trazendo inovação, circularidade e competitividade
Neste 25 de maio, Dia da Indústria, a ABIPLAST destaca a relevância do setor para a economia nacional, tanto pela sua capacidade de geração de empregos quanto pela contribuição estratégica à competitividade da indústria brasileira. Com presença transversal nas principais cadeias produtivas como alimentos, cosméticos, agronegócio, construção civil e automotiva, as indústrias de transformação e de reciclagem do plástico se consolidam como elo fundamental do parque industrial do país.
De acordo com a ABIPLAST, o setor encerrou 2024 com 387 mil empregos diretos e deve atingir a marca de 400 mil até o fim de 2025. Apenas no primeiro trimestre deste ano, foram criadas 8,7 mil novas vagas formais. O desempenho reforça a importância da indústria do plástico como o quarto maior empregador da indústria de transformação no Brasil.
Os investimentos também seguem em trajetória de expansão. A previsão é que o setor invista R$ 31,7 bilhões entre 2025 e 2027, com média anual de R$ 10,5 bilhões. Os aportes se concentram na modernização de plantas industriais, no desenvolvimento de embalagens alinhadas a padrões internacionais de sustentabilidade e no avanço da reciclagem — incluindo tecnologias de reciclagem mecânica e química. Estima-se que, até 2026, a capacidade de recuperação de resíduos do setor possa crescer 36%. Apenas nos três primeiros meses deste ano, os investimentos realizados já somam R$ 2,6 bilhões.
“O setor plástico tem sido cada vez mais estratégico para o país. Além de ser um dos principais geradores de emprego da indústria de transformação, está à frente de movimentos importantes rumo à inovação, à sustentabilidade e à transição para uma economia mais circular. Os investimentos que estamos observando são reflexo dessa transformação em curso”, afirma José Ricardo Roriz Coelho, presidente da ABIPLAST.
Segundo Roriz, o desempenho da indústria reflete não apenas o esforço de modernização interna das empresas, mas também a crescente demanda por soluções mais eficientes e sustentáveis nos mercados nacional e internacional. “A indústria do plástico tem condições de responder de forma competitiva aos desafios colocados pelo novo cenário global, contribuindo com inovação, produtividade e sustentabilidade para toda a economia brasileira”, conclui.
Empresas que promovem modernização e sustentabilidade industrial
Parte desse movimento de modernização industrial é protagonizado por empresas que atuam em diferentes etapas da cadeia produtiva e têm investido de forma contínua em inovação, eficiência e geração de valor. Essas companhias não apenas fortalecem o setor, mas também ajudam a posicionar o Brasil como referência em soluções industriais sustentáveis.
Para Osvaldo Barbosa de Oliveira Junior, especialista em Relações Institucionais, Governamentais e Sustentabilidade da ADS-Tigre, o Brasil ainda precisa avançar na consolidação da economia circular como modelo econômico estruturante para a indústria nacional. “Por mais que iniciativas como o uso de reciclado em novos produtos sejam celebradas em outros países, aqui ainda enfrentamos barreiras. É fundamental desmistificar a ideia de que material reciclado não tem qualidade — desde que sejam seguidas normas técnicas e empregados sistemas de controle de qualidade adequados, é possível garantir produtos de alto desempenho”, afirma.
Osvaldo também destaca o papel da ABIPLAST como liderança nesse processo de transformação. “A associação tem sido o principal fomentador de soluções para ampliar a rastreabilidade dos materiais reciclados e propor políticas públicas que incentivem o uso de reciclado. É um orgulho poder acompanhar de perto esse trabalho como integrante do conselho da entidade”.
Na visão da ADS-Tigre, além da economia circular, o setor plástico pode contribuir diretamente para superar gargalos históricos de infraestrutura, especialmente no saneamento básico. “O marco legal do saneamento é um avanço significativo, e estamos engajados para contribuir com o processo de adoção de soluções eficientes para o setor. Precisamos acelerar essa agenda, que é fundamental para o desenvolvimento do país. A indústria tem soluções prontas e de alto desempenho, como os tubos plásticos corrugados, que são cada vez mais adotados em obras de drenagem e esgoto. Mas é preciso garantir os investimentos para ampliar a cobertura e modernizar as redes, principalmente em cidades que sequer possuem sistemas adequados de drenagem urbana”, completa.
A ADS-Tigre do Brasil é resultado da parceria estratégica entre a Tigre S.A multinacional brasileira e a norte-americana Advanced Drainage Systems Inc. (ADS). A empresa se destaca pela produção de tubos corrugados em Polietileno de Alta Densidade (PEAD), oferecendo soluções inovadoras para os setores de drenagem pluvial, esgotamento sanitário, irrigação, mineração e infraestrutura.
Outra empresa comprometida com a inovação industrial, é a Termotécnica, referência nacional na reciclagem de EPS (poliestireno expandido) que processa cerca de um terço de todo o EPS reciclado no país, desenvolveu um modelo que alia inovação, responsabilidade ambiental e viabilidade econômica. Desde 2007, com o programa Reciclar EPS — lançado antes mesmo da Política Nacional de Resíduos Sólidos —, a companhia estruturou uma rede nacional de coleta com cooperativas, shoppings, condomínios e outras instituições, além de promover campanhas de educação ambiental e rastreabilidade do descarte por meio da plataforma Sou Reciclável.
A matéria-prima reciclada desenvolvida pela empresa, o Repor, já é utilizada em aplicações industriais que vão desde peças técnicas para refrigeradores e gabinetes de impressoras até elementos da construção civil. “Lideramos com ações concretas. Por meio da logística reversa, reciclagem e economia circular na prática, coletamos, processamos e transformamos embalagens descartadas no Repor – Poliestireno Circular. Essa matéria-prima que a Termotécnica desenvolve a partir do EPS pós-consumo reciclado é reintroduzida no mercado em novos produtos e aplicações utilizadas por diferentes segmentos, como na fabricação de peças técnicas para refrigeradores”, afirma Albano Schmidt, presidente da Termotécnica.
Segundo Schmidt, a atuação das recicladoras fortalece cadeias produtivas ao gerar emprego, renda e reduzir a pressão sobre os recursos naturais. “Na Termotécnica, acreditamos que a indústria deve liderar pelo exemplo de inovar, reduzir impactos, promover inclusão e contribuir para um modelo de desenvolvimento mais responsável. Nosso compromisso é com uma indústria que enxerga o futuro — e que o constrói com base nos princípios ESG (ambiental, social e econômico) e nos ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Uma indústria moderna é ser sustentável e ter uma estratégia de negócios alinhada às necessidades do planeta e da população. Nosso papel vai além da produção: é também ajudar a construir uma sociedade mais consciente e um modelo de desenvolvimento mais sustentável”, completa.