Brinquedos plásticos: novas aplicações dão asas à imaginação infantil

    06/01/2015

    Escorregadores, casinhas e tobogãs, vistos nos playgrounds de parques e festas infantis

    O plástico é um dos materiais mais presentes no dia a dia das pessoas, principalmente no mundo infantil. Seguro, leve e econômico, o produto se tornou indispensável em aplicações cujo foco é o público que vive os anos da infância. E agora, com o Natal, o sucesso desses produtos se torna visível na escolha pelo presente ideal.

    Segundo dados da Xalingo, uma das dez maiores empresas do setor no Brasil, as últimas três décadas registraram um crescimento acelerado do material na preferência dos fabricantes de brinquedos. Neste ano, considerando a produção própria da empresa – excluindo-se os importados -, o plástico foi a matéria-prima utilizada em 81% dos produtos, contra 19% de madeira.

    “Isso se deve às possibilidades que o plástico oferece ao setor, principalmente no que diz respeito à transformação. Ele permite, mais do que qualquer outro material, que o produto final assuma diferentes formas e cores”, diz Flavio Haas, diretor administrativo e financeiro da Xalingo.

    A Braskem, maior petroquímica das Américas e líder mundial na produção de biopolímeros, foi uma das empresas que se antecipou a este cenário. Atendendo às normas exigidas pela indústria, a companhia desenvolve resinas para aplicações em brinquedos, como o Polietileno (PE), Polipropileno (PP) e o PVC.

    Aplicados a princípio apenas em materiais pequenos, os plásticos vêm sendo cada vez maios usados em peças maiores, como escorregadores, casinhas e tobogãs, vistos nos playgrounds de parques e festas infantis. A resina utilizada para estes itens é a do polietileno rotomoldado, também encontrada em baús e mesas infantis.

    O mercado de brinquedos também conta com o PVC aplicado em diversos produtos como bonecas, bolas de futebol, chaveiros, piscinas infláveis e carrinhos. Para a confecção de bonecas, por exemplo, o grande diferencial do plástico é a textura, que se assemelha à pele humana. O material se comporta bem no processamento de transformação e pode receber a aplicação de diversas cores, o que amplia as possibilidades de diversificação dos brinquedos.

    “Nos últimos tempos lançamos vários brinquedos com o sucesso de personagens infantis, como a Peppa Pig, Galinha Pintadinha, que utilizam o PVC. A Peppa Pig, por exemplo, é inteira de PVC, e foi lançada neste ano. Acreditamos que o mercado só tende a crescer com a utilização de materiais em plástico, até porque este material faz com que fujamos da comparação com o produto chinês”, comenta Pedro Bissoli, diretor da Multibrink, empresa que, neste ano, já teve um crescimento de 20% nas vendas de brinquedos.

    Outro grande diferencial do plástico está no fato de o material permitir a utilização de elementos de design que peças feitas de metal não trazem, como, por exemplo, a transparência. O polipropileno é uma resina menos densa e, por isso, pode ser aplicada em visores de “motocas” e velocípedes, além de ser utilizada também em brinquedos de encaixe e cadeiras infantis.

    A Braskem também atua neste segmento com uma resina 100% renovável, o Plástico Verde, polietileno produzido a partir de etanol proveniente da cana-de-açúcar. Em 2008, uma grande fábrica de brinquedos passou a utilizar em parte de seus produtos o PE Verde.

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