COM FOCO EM RASTREABILIDADE E CIRCULARIDADE, ABIPLAST MARCA PRESENÇA NO FÓRUM MUNDIAL DE ECONOMIA CIRCULAR

    14/05/2025

    Associação apresenta iniciativas como o Recircula Brasil e a Rede Pela Circularidade do Plástico em encontro internacional que ocorre pela primeira vez na América Latina

    A indústria do plástico desempenha função estratégica na transição para uma economia circular baseada no redesign de produtos, no aumento da reciclabilidade, no reaproveitamento de materiais, na rastreabilidade e na geração de valor a partir dos resíduos. É com essa agenda que a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (ABIPLAST) marca presença no Fórum Mundial de Economia Circular (WCEF), realizado pela primeira vez na América Latina, na cidade de São Paulo.

    Reconhecido como o mais relevante evento internacional voltado à economia circular, o WCEF reúne, desde 2017, representantes de governos, empresas, academia e organizações da sociedade civil para debater soluções sustentáveis em escala global. A edição brasileira é promovida pelo Fundo Finlandês de Inovação (Sitra), pela Plataforma de Aceleração da Economia Circular da ONU, com apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI), destacando o protagonismo do país na agenda ambiental e de inovação.

    Presente em cadeias essenciais da economia e da sociedade — como saúde, alimentos, construção civil e mobilidade —, o plástico exerce uma função estratégica na transição para modelos mais circulares. Nesse contexto, a presença da ABIPLAST na área Expo do Fórum Mundial de Economia Circular reforça o compromisso do setor com soluções alinhadas aos princípios da circularidade. A entidade foi uma das selecionadas para apresentar suas iniciativas por meio de um estande, onde são destacados os projetos Rede pela Circularidade do Plástico e Recircula Brasil, que evidenciam ações concretas em direção à economia circular.

    Para Paulo Teixeira, presidente- executivo da ABIPLAST, participar do Fórum é uma oportunidade histórica. “Trata-se de um espaço fundamental para reforçarmos o compromisso da indústria do plástico com soluções sustentáveis e circulares e com a construção de um futuro em que desenvolvimento e preservação caminhem juntos”, afirma.

    Um dos destaques levados pela entidade ao evento é o Programa Recircula Brasil, desenvolvido pela ABIPLAST em parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). A iniciativa permite o rastreamento completo do ciclo do plástico, desde a origem dos resíduos até sua reintrodução no mercado como novos produtos. Com operação e verificação da Central de Custódia – primeira entidade homologada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima para validar resultados de logística reversa no país – a plataforma representa um marco de inovação e transparência para a cadeia do plástico.

    Como parte da evolução da plataforma, a ABIPLAST lançou dois selos inovadores que reforçam o compromisso com a circularidade e a integridade das informações ambientais. O Selo de Conteúdo Reciclado é voltado para empresas que utilizam plástico reciclado em seus produtos e informa de forma transparente o percentual presente, agregando valor às marcas e fortalecendo sua reputação perante consumidores e investidores. Já o Selo de Rastreabilidade certifica empresas recicladoras e transformadoras que rastreiam a origem e o destino dos materiais utilizados, garantindo compliance, segurança jurídica e confiabilidade à cadeia produtiva. Ambos os selos são auditados por verificadoras independentes e têm suas operações validadas pela plataforma, o que assegura a veracidade das informações e inibe práticas de greenwashing.

    Outro pilar da participação da ABIPLAST no Fórum é a apresentação das ações da Rede Pela Circularidade do Plástico, iniciativa coordenada pela própria entidade que que atua como referência na promoção da circularidade do plástico no Brasil, articulando projetos voltados à geração de conhecimento, padronização e capacitação, com o objetivo de ampliar a reciclabilidade e a disponibilidade de materiais recicláveis. A Rede conecta diferentes elos da cadeia produtiva, atua de forma integrada para gerar soluções desde o design das embalagens até sua efetiva recuperação e reintegração, articulando conhecimento técnico, padronização e políticas públicas, e se consolida como referência nacional em conhecimento sobre circularidade do plástico.

    Entre os projetos que compõem a Rede, destaca-se o Circularize, que apoia cooperativas e catadores com orientações práticas para a separação correta dos resíduos plásticos e padronização de nomenclaturas, facilitando a comercialização com a indústria recicladora. Já o Circula Flex atua especificamente na logística reversa de embalagens flexíveis, segmento desafiador para o reaproveitamento de materiais. A iniciativa já conta com a participação de 22 recicladores e 54 cooperativas, promovendo maior eficiência na recuperação desses resíduos.

    A plataforma RETORNA 2.0 é outra solução relevante: uma ferramenta online, gratuita, que avalia o índice de reciclabilidade de embalagens plásticas considerando as particularidades regionais do Brasil. Apenas em 2024, foram realizadas 1.095 análises, com 515 usuários cadastrados, representando 299 empresas.

    No âmbito municipal, a Rede também apoia iniciativas como o Recicla Praia Grande, lançado em 2024 em parceria com o Movimento Plástico Transforma, e o Recicla Guarujá, em vigor desde 2022. Ambas as ações promovem capacitação de cooperativas, educação ambiental e ampliação da coleta seletiva, contribuindo juntas para a reciclagem de mais de 170 toneladas de plástico.

    Para Camilla Guimarães, coordenadora da Rede Pela Circularidade do Plástico, levar essas iniciativas para o Fórum representa mais do que visibilidade internacional: é uma forma de impulsionar mudanças estruturais. “Estar no WCEF representa uma oportunidade estratégica para a REDE se posicionar como referência em circularidade do plástico no Brasil. É uma chance de compartilhar soluções concretas construídas coletivamente com diferentes elos da cadeia e dialogar com experiências internacionais, fortalecendo nossa capacidade de articulação e influência em pautas estruturantes para o setor””, destaca.

    Com base em tecnologia, rastreabilidade e integração entre os elos da cadeia, a participação da ABIPLAST no Fórum Mundial de Economia Circular reafirma a contribuição fundamental do plástico em uma economia circular viável, inclusiva e com impacto real na sustentabilidade do país.

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